SOB A POESIA II

(À Petite-Majuh)
Somos mártires da nossa poesia
Cujas mentes mentes insanas filtram-na
Ou porque não dizer, aperfeiçoam-na?
Seres infelizes...
Produtos de uma experiência da natureza que não deu certo.
Somos forçados a derramar sangue
"Em nome de Deus"!
Somos forçados a tirar do próprio sangue,tinta para nossa poesia
Sob o risco de sermos imcompreendidos.
- Meu cálice transborda.-
O ser humano é o conjunto
da extensão de vícios e virtudes e que sobrevive da procura do novo.
"Toda a nossa infelicidade advém do fato de não podermos ficar sós"
(Giovane Brito )



Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno da tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que minha mão escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exastamente com a tua boca que sorri debaixo daquela que a minha mão te desenha.


*Capítulo 7 de O Jogo da Amarelinha (Julio Cortazar)
"Ganhei " o poema que segue abaixo de uma pessoa
+ q especial...pessoa ki eu adoro d+ e sem noção!!! (Petit)




Sob a Poesia

Deparo-me com a imagem de mim mesmo
e o tédio de quem sou me apodera
Assombra-me o medo de ser "eu"

Ouço a canção que nunca existiu
Ela me causa estranhamento
Na mesa,pilha de livros que ainda não li

Ao longe,o som daquela velha canção traz nostalgia
o que fazes tu agora e tão longe de mim?
-"nos precisamos"-

Apesar da palavra amor causar-lhe tanto espanto
Não queria pronunciá-la!

Imagino um dia para nós...
Paraísos artificiais alcançados pelo gosto abscinto
Sou-te eternamente grato por existir
Pois só tu,ninguém mais que tu,
compreende a minha poesia!

(Giovane Brito)








"Esta manhã ainda me maravilha

a imagem viva e distante da terrível

paisagem jamais contemplada

por olhos mortais..."


Charles Baudelaire
 

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