"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante"
Outro presente lindo que ganhei...já não basta o livro ser lindo, tinha que ter esse tamanho!
Ehehehehhee
E de quebra, ainda venho um brinde...hihi
E mais especial ainda, pela pessoa que me presenteou!
Pequenos presentes, em grandes momentos, fazem a diferença...
Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível.
Fixava vertigens.
Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas.
Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novos idiomas.
“Agora ninguém lhe diz qual é o sentido da sua vida- você precisa criá-lo.
Criem a si mesmos: deem figura e forma ao seu ser.
Pintem a sua vida, façam de si mesmos um escultor.
O que quer que vocês venham a ser, será a sua própria obra.
Não é o destino – vocês são os responsáveis.
E as pessoas não querem ser responsáveis, elas têm medo da responsabilidade. “
[OSHO]
Sábias palavras, porém, não consigo concordar plenamente com elas. Ainda atribuo ao destino boa parte dos acontecimentos da minha vida. É claro que é muito mais fácil sentar e esperar que as coisas aconteçam. É muito pesado pensar que você é o único responsável pelos rumos que a sua vida toma. É angustiante, perturbador e complicado. Confesso que sinto um certo frio na espinha ao pensar que o meu futuro depende totalmente de mim, mas, tenho a convicção de que muitas coisas fluíram em consequência do meio, das pessoas e dos momentos.
Bem complicada essa questão, mas é gostoso ocupar alguns minutos do meu dia pensando nela. Gosto dessa vida de “aspirante a filósofa” hehe.
Drink Graal diz:
* nossa, te olhar é complicado
* vc me lembra perversão
* vc de cabelos negros
* pele alva
* ultra romantismo
O corpo alvo, branco, rubro ao pensamento dos toques...
Corre longe do meu abraço
Do meu dente
Da minha presa
Do meu beijo ardente.
Sem pressa, sem sem medo... encaro teus olhos, num pejo determinado em apenas...
Sorrir ante teu afago.
Menina... Demônio, Bruxa...
Não me perco a toa neste labirinto que sendo fada,
succubus ou anjo cria ante o meu desejo.
As diversas facetas de tua alma, atraem como a luz às mariposas, o meu desejo,
a minha vontade, e talvez, como elas, morro queimado em teu fogo...
Querendo ver...
Teu sorriso perverso
Querendo ver, você, sem máscara, sem medo...
Sem mais ... só você.
Talvez um dia... veja você então.
[Drink Graal]
A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.
[John Dewey]- Fernando Pessoa
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
"EROS é o amor personificado. (...) PSIQUÊ é igualmente a alma personificada.
(...) Através do aperfeiçoamento de sua feminilidade e de seu amor, a 'bela adormecida' evoca a perfeita masculinidade de Eros. Abandonando-se ao amor, ela recebe, sem o adivinhar, a redenção através do amor.
(...) O arrebatamento de Psiquê, da Terra ao Céu, e sobretudo suas núpcias com Eros, vistas sob o ponto de vista feminino, significam que a faculdade de amar da alma individual é divina e que a transformação pelo amor é um mistério que deifica.
(...) Fernando Pessoa, num poema lindíssimo, Eros e Psiquê, compreendeu, com a sensibilidade e a profundidade que lhe são peculiares, a extensão desse amor-consumação, em que Eros, buscando a Psiquê, acaba descobrindo que ele é a própria Psiquê, transfigurada em Amor..."
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Folga o peixe, a nadar todo inocente,
Medo ou receio do porvir não sente,
Pois vive incauto do fatal destino.
Peça muito interessante que assisti ontem, no centro de cultura. Me emocionou bastante!
As peças trazidas pelo projeto Palco Giratório, do SESC, são sempre maravilhosas!
Já estou ansiosa pela próxima.
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Cheguei ontem de viagem, apesar de curta e rápida, foi muito boa!
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"Nada mais propício para o mês de abril do que falar na genialidade de certos arianos. Densos, passionais, cheios de energia, calorosos mas também capazes de atitudes frias, de uma sinceridade desconcertante capaz de criar grandes amores e grandes inimigos, cruéis, quase malditos. Quase? Quem nunca topou com uma figura dessas? Na música, na poesia, na literatura, nas artes em geral, é fácil reconhecê-los. Aparecem para incomodar, para colocar abaixo a ordem vigente. Os alvos mudam, mas são atacados sempre impiedosamente. Os amores mudam, mas são vividos sempre intensamente. Afinal, quem sabe do dia de amanhã? Haverá algum? Se houver, um novo alvo - para o amor ou para o ódio - será eleito."
[ http://www.sandrofortunato.com.br/tafalado/arianos4.htm ]
[Quase Malditos] hehhee, ri muito...quase não, totalmente malditos! mas o melhor foi descobrir que Baudelaire também é ariano. Acho que é este fato que me faz ser tão fascinada pelas obras dele.
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ALMA BRANCA
Em tons cândidos e ingênuos...
eis a apetecível epifania pálida
das nuances
d’um corpo
delicado
de 19 anos.
A sua beleza bucólica assim, despida de vaidades, de cores alvejadas e forma imaculada, remonta às sutis brisas da primavera
que é o teu silêncio.
com rosto, cabelos...
com gestos a transgredir as mechas
(desordenando-as)
reza prediletamente em petições,
calmarias macilentas,
súplicas enamoradas,
por algo que a faça “transcender”
–Alma Branca.
no teu rosto,
manchas lívidas sobressaem das pálpebras inferiores, adornando sua pele frágil, terna e afetuosa...
– posso senti-la entre os dedos –
nada que impeça sua graça ariana de suscitar encantos, frêmitos e olhares dissolutos, daqueles que se prendem a admirar-te
(digno que sou).
De tua boca inocente,
contavam palavras mil... Dizia das torpezas da vida, das angústias e porfias,
do amor.
Sentada à sua maneira,
com rosto, cabelos...
com gestos a transgredir as mechas
(desordenando-as)
em suas vestes alvas, como as nuvens de verão ao sol,
- [que descem do busto aos tornozelos]
emoldura teu rígido corpo jovem, deixando sobressair tuas
delicadas
mãos leves
por sobre o altar da casa de compras.
Dos teus pés,
-formas em simetria perfeita-
obra dos Deuses da ciência do belo; dedos, polpa... calcanhares guarados de sutileza esbranquiçada, ressaltando a vida que corre em sobressaltos pulsantes das correias que unem teus pés às chinelas.
E por tantas vezes, palavras mil...
é que desta maneira, vagarosamente esquecia-se das proezas de outrora, das ânsias e angústias de um amanhã incerto...
Caminhas...
Volveia as asas para fora da janela em postura emancipada,
espia...
respira...
cintila...Vive!
Sente o ar lhe preencher os pulmões de vida, em um elevar de pernas, reflete a alma branca da consorte formosa com requintes de mulher
em um corpo
delicado
de 19 anos.
Sorri! e como o crepúsculo que invade as tardes das praias aquiescendo os mares de afabilidade, acalma os tormentos de minh’alma de forma
cuidadosamente
angelical.
É quando beija-me a face em sinal de adeus demorado, cobrindo de frêmitos este corpo já inconsolado por não tê-la, resvalando instintos ocultos de poeta maldito traduzidos em párvidas linhas hedionda... intragável interrogação:
hei de revê-la um dia?
[Giovane brito]
...
O propósito do teatro é fazer o gesto recuperar o seu sentido, a palavra, o seu tom insubstituível, permitir que o silêncio, como na boa música seja também ouvido, e que o cenário não se limite ao decorativo e nem mesmo à moldura apenas - mas que todos esses elementos, aproximados de sua pureza teatral específica, formem a estrutura indivisível de um drama."
[Clarice Linspector]“Nitimur in Vetitum” [nós buscamos o proibido]
Como disse Nitszche..acho que essa máxima sintetiza as vontades humanas. Tudo o que não é permitido, tudo o que é misterioso e diferente atrai a curiosidade de pessoas interessantes, inteligentes e hedonistas, claro. Aqueles que não o fazem, acredito que sejam uns alienados que se refugiam atrás de alguma religião ou crença, ou ainda não sabem aproveitar cada segundo da nossa breve existência. Mas eu quero!!! Quero sorver cada gota de satisfação e prazer que a vida possa me oferecer. Viver intensamente cada segundo, cada lugar, cada pessoa, cada momento, cada olhar...e viver agora! Definitivamente, a vida é efêmera, e isso me faz desejá-la cada vez mais. Li uma postagem muito interessante em um blog, que se referia às pessoas ignorantes e alienadas que passam boa parte de suas vidas julgando as atitudes e vontades alheias...triste!!